Partilhar a cama com os filhos. Esta é uma das coisas que eu não queria fazer. Não por convicção, mas porque já imaginava que ia ser desconfortável. Por um lado, tinha receio de magoar a Caetana, quando ela era mais pequenina. E, depois, assustavam-me todos os riscos da cama compartilhada. Mas a privação de sono foi mais forte e, após noites e noites a ter de me levantar 4, 5, 6 inúmeras vezes, acabei por pegar na Caetana e pô-la na minha cama. Depois também veio uma fase - de quase 6 meses - em que passava a semana em casa dos meus pais, onde só tenho uma cama de viagem para a Caetana. Por isso, ainda mais se consolidou dormirmos juntas. Não tenho nada contra quem o faz por opção e vive bem com isso. Mas, para mim, é desconfortável (acordo imensas vezes com socos e pontapés da Caetana) e acho que, para ela, também é porque, às vezes, acordo-a sem querer. Por mais que não queiramos ou que não concordemos com a cama compartilhada, acredito que este dia chega mais cedo ou mais tarde: seja porque o bebé - e os pais - estão a ter uma noite pior (doente, dores de dentes, etc), porque a mãe/pai estão mais cansados e não querem passar a noite a levantar-se ou mesmo quando as crianças são maiores e esgueiram-se para a cama dos pais… há um dia em que acontece
2. Dar comida menos saudável. Desde o início da introdução alimentar, eu queria dar sopa em detrimento da papa. E o que é que aconteceu? A Caetana não gosta de sopa (e tentei muitas sopas feitas das mais variadas formas e consistências) e adora papa! O mesmo acontece com alguns produtos transformados que eu não queria dar, mas, às vezes, acabo por fazê-lo: ou porque a Caetana gosta ou porque não tive tempo para cozinhar algo mais elaborado . O quê? Ela adora calamares e douradinhos... e a solução "menos má" que encontrei foi fazer no forno em vez de fritar. Portanto, acredito que podemos ter uma série de princípios, ideologias, crenças e é verdade que o exemplo contribui para existirem bons hábitos (na alimentação como no resto), mas os bebés/crianças também têm gostos e vontades e, a dada altura ou em determinados dias, só queremos que eles comam. Também acredito que, por vezes, para desenrascar ou porque é mais prático naquele momento algumas mães dão comida “menos saudável” como a bolachinha, o snack ou o pacote de fruta. E, claro, os avós que adoram dar doces e outras iguarias aos bebés!
3. Deixar a fralda demasiado tempo. Já aconteceu esquecer-me de levar fraldas ou achar que tinha alguma na mochila e, afinal, já tinham acabado. Por norma, durante a noite também não mudo, confesso (a não ser que tenha cocó, obviamente, mas é raro). O sono da Caetana (e o meu!) já é tão irregular que, se ela está a dormir e não dá sinais de incómodo, não mudo. E fico descansada porque as fraldas Rascal + Friends aguentam a noite toda, sem transbordar nem deixar a pele da Caetana "assada".
4. Limpar a boca ou o nariz dos filhos com as mãos. Isto é ridículo, mas vou partilhar na mesma: estive UMA SEMANA para conseguir tirar um macaquinho do nariz da Caetana! Ela não aceitava nada: nem lenço de papel, compressa, soro, toalhita, água do banho... Fosse o que fosse, era uma guerra! DEbatia-se e chorava como se estivesse a fazer-lhe a pior coisa do mundo! Então, a determinada altura, percebi que, quando lhe estava a dar beijinhos à esquimó, o macaquinho ia saindo... e tive de tirá-lo com a minha mão! Ser mãe também é isto: deixar de ter nojo destas coisas! E acredito que todas as mães/pais, de vez em quando, fazem uma "loucura" destas!
5. Sair da rotina. As rotinas são fundamentais para os bebés terem previsibilidade, sentirem-se seguros e conseguirem regular até do ponto de vista hormonal. Há pais que conseguem cumprir horários rigorosos e ter uma rotina impecável. Eu, até hoje, não consegui, confesso. Temos uma rotina, obviamente, mas, os meus dias são tão diferentes pelo facto de trabalhar por conta própria, que não consigo cumprir exactamente os mesmos horários. E também acho que, quem tem uma rotina exemplar, mais cedo ou mais tarde, precisa de quebrá-la um pouco… nem que seja durante as férias!
6. Permitir o uso de ecrãs. Todos sabemos que são prejudiciais e que a OMS alerta para os riscos da exposição a ecrãs sobretudo no caso de bebés e crianças mais pequenas. No entanto, no mundo em que vivemos estamos rodeados deles. E é muito difícil fugir ou evitar que as crianças tenham zero contacto seja com a TV, o telemóvel ou o computador, sobretudo para os pais em teletrabalho. No meu caso, o facto de trabalhar por conta própria, a partir de casa, faz com que use bastante o computador portátil e o telemóvel. Por norma, sento-me no chão com a Caetana de forma a poder dar-lhe atenção ao mesmo tempo (o que exige uma certa destreza mental) e procuro compensar, retirando sempre algum tempo do meu dia para só estar a brincar com ela, sem ecrãs por tempo.
7. Perder a paciência. Ninguém gosta, há quem nem sequer admita, mas somos humanos e todas as mães (e pais, avós, etc), um dia, perdem a paciência. Para mim, o mais importante, neste caso, é pedir desculpa e procurar não repetir. Os nossos filhos são merecedores do mesmo respeito que queremos que eles nos tenham e nós, enquanto adultos, devemos dar o exemplo e aprender a regular as nossas emoções primeiro para ajudar os nossos filhos a regular as deles.
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